quarta-feira, 14 de abril de 2010

Outro post desabafativo e deprê.


Aí foi quando eu conheci as leituras. No começo era um livrinho ou outro, de leve. Aí que eu fui conhecendo as resenhas, partindo pra umas leituras mais pesadas, e cada vez me afundando mais. Eu cheguei a ler e fichar 600 páginas em uma semana.

Daí minha mãe começou a perceber que faltava prateleira, e começou a sumir coisas de casa...
Eu chegava na biblioteca uma da tarde e ia embora só quando fechava.
E cada vez mais eu frequentava livrarias. Andava a pé ou de ônibus, comia no Restaurante Universitário, pra economizar e gastar nas livrarias. Começou com a Livraria Cultura, até que um dia eu me vi fuçando no sebo mais hardcore da cidade, pechinchando matriz usada na xerox do Centro de Humanidades.

E fui me envolvendo com umas companhias. As companhias também influenciam muito, cês sabem. Onde eu chegava, me ofereciam um material diferente. Conhece Simmel, esse, aquele?...
Aí, meu irmãozinho, foi quando eu cheguei no fundo do poço.
Se sobravam dois reais, eu comprava um BisCoito com Champanhe do Walter Di Lácio.
Eu já não cuidava de mim, não ia mais à manutenção das sobrancelhas... Não alimentava meu blog.

Foi um período muito difícil da minha vida, que durou praticamente todo o primeiro bimestre do mestrado.

Ainda hoje dói dentro do meu ser, e tal.
Mas foi o amor da minha mãe que me libertou.
Minha mãe que disse "filha, eu te amo, mas a casa é minha, mando eu, se manque, que não tô afim de morar na biblioteca municipal".

Aí eu segurei a minha onda, porque enfim, né. Esse mês eu não compro mais nenhum livro.

2 comentários:

Hemeterio disse...

Acharei a maior chatice quando os Kindle ou o Ipad dominarem o mundo. Ao invés de corredores de prateleiras de livros, duas pranchetinhas. Isso é contra as leis de santa Hipacia.

Lini disse...

ainda bem que minha mãe não tem essa. ela é tão (ou mais) viciada em livros que eu.