Hoje, pra quem tiver paciência pra ler texto que dá mil voltas e não chega a lugar nenhum, o Maria Espalha Brasa inaugura uma relevante série sobre histórias da vida pessoal de uma amiga minha.
Obviamente, a identidade da cidadã em questão não será revelada nem sob tortura. Porque eu tenho essa sensibilidade, e não sou LOUCA de expor a póbi da menina na Internet, esse território indômito, onde grassam a perfídia, a calúnia, a inveja, a mágoa-de-cabocla (faça o sinal da cruz) e a vontade de saber da vida alheia, de preferência se o outro estiver tão lascado quanto possível.
É o seguinte
Na casa de uma amiga minha, a família está passando uns dias numa base "Viver a Vida".
A mãe da amiga em questão sofreu um pequeno acidente, e perdeu temporariamente os movimentos de uma das mãos. Aos poucos, com muita fisioterapia e força de vontade... Cada movimento novo é uma vitória. Quem assiste novela, a essa altura do post, já conseguiu captar a vibe Viver a Vida, né?
Agora imagine a mesma trilha incidental de drama da novela. Intercalado com Mariah Carrey grasnando e estragando aquela música que você curtia tanto...
Aqueles mega-closes de cena de mãe e filha. Tudo o que tiver direito, enfim, para a CENA abaixo.
Mãe e filha reunidas, a mãe chama a filha e diz que vai surpreendê-la - pelo que se deve entender que a mãe vai mostrar um movimento novo com a mão em processo de reabilitação.
Mãe - Olha, que legal. Olha o que eu já consigo fazer.
A filha já se aproxima toda emocionada. A mãe vai contraindo o indicador aos poucos, opondo o polegar... formando um tubo com a mão. Com a outra, quando menos se espera, ela começa a dar tapas na mao fechada.
A filha, desorientada, sem querer dar aquela bandeira que o gestual da mãe tava parecendo outra coisa.
Até que a mãe, alegrissíssima, comemora
- Recuperei o foda! O FODA! - TÁ PARECIDO??
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Sei lá. Sei lá. Só sei que ela (nunca teve o juízo no canto e com uma mãe dessas) ela está com a razão.