domingo, 27 de fevereiro de 2011

Breve registro de uma alegria pra não esquecer



Eu não posto há uns 6 anos. Estou destreinada. Só tuíto. Só escrevo frases curtas. Tudo fica taquigráfico. Ok, Érika, volte a escrever de monte porque aqui VOCÊ PODE.

Eu voltei porque num tweet não cabe o tamanho do fanatismo que m
e afeta nesse exato momento. E como
disse uma amiga que fala bonito, "eu estava num momento em que eu precisava de catarse, catarse, catarse, sem parar". Até os ouvidos do meu interlocutor sangrarem, como diria o meu irmão, que também FALA BONITO, dependendo do que é que você acha bonito.

E o que é que me deixou fanática mesmo?
Nesse momento, um humilde bloco de pré-carnaval de Fortaleza, o Luxo da Aldeia. Eu nem sei como uma pessoa como eu vira foliã de uma hora pra outra. Na verdade, eu tenho pistas. Eu sei de certeza que tem a ver com viver 3 pequenas tragédias em sequência, ficar ultra deprimida e sua melhor amiga te levar recém operada pra ver se você renasce das cinzas no carnaval de Olinda. E milagrosamente o plano dela DAR CE
RTO.

Aí eu gostei demais do negócio. Estourei uns pontos da cirurgia, obviamente. Me lasquei um pouquinho, mas COMO valeu a pena. Oi, carnaval, descobri que TE AMO.

PEQUENA DIGRESSÃO - De todo esse imenso prólogo, que fique bem registrado que eu tinha 19 anos e consideravelmente pouco juízo pra aguentar os rolos compressores da vida. O que não é nada chocante, tendo em vista que quase ninguém tem uma boa poupança de juízo aos 19 anos. De toda forma, hoje eu sou a feliz proprietária de um bonito JUÍZO, com alinhamento, balanceamento e calibragem mantidos rigorosamente em dia, com um adesivo no vidro traseiro onde se lê, em letra floreada "Obrigada, meu Deus".

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Aí há uns 5 anos eu arrumei um namorado carnavalesco e ele inventou um bloco de carnaval junto com alguns amigos. Eu ajudei fazendo uma rápida assessoria de imprensa, pra o povo saber que o bloco existia. Amigas nossas fizeram a identidade visual e a gente botou o bloco na rua, que nem naquela música do Sérgio Sampaio. Pronto. Essa é minha relação com o bloco Luxo da Aldeia, até hoje.


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MAS DOUTORA, eu acho que eu tinha muito era trauma. Porque quando eu tinha uns 14 anos, eu sofri assédio moral. Umas primas minhas que iam todo sábado curtir um pagode e me achavam uma ET porque eu não ia junto me INDUZIRAM a ir pra um carnaval péssimo, sobre o qual eu só consigo me expressar usando aquela expressão dramática do Caco Antibes - "AQUILO ERA UMA VISÃO DO INFERNO". Música ruim, gente bêbada vomitando na gente, jogando farinha na gente, jogando ovo podre na gente, derrubando a gente no chão, pisando na gente, cantando música ruim no ouvido da gente, puxando o cabelo da gente. Ow, cara. Calor humano é ótimo, de verdade, sem ironia. Nojo de GENTE eu posso dizer que não tenho. Mas OVO PODRE NÃO, cara. Se eu fosse uma santa, eu levava um ovo podre e pensava - "Obrigada, senhor. Vou oferecer o outro lado da cabeça pra quebrarem outro ovo, e não guardarei ódio ou rancor, porque perdoar é uma via segura pra chegar a Ti". Mas eu não sou santa. E eu tenho até me esforçado muito, mas tem mil coisas em que eu sou mais podre que muito ovo podre, mea culpa, mea máxima culpa. MAS, noves fora, a moral da história é que eu passei toda a adolescência num preconceito não assumido com relação a carnaval. Ainda bem que em algum momento eu fui salva da ignorância*.

*Não, não estou dizendo que quem não gosta
de carnaval é ignorante. Aliás, ainda bem que nem todo mundo gosta, senão a muvuca ia ser insuportável. Mas desconhecer a riqueza cultural que é o carnaval é ignorância. Aliás, é complicado até usar a palavra no singular. CARNAVAIS. Porque há muitas formas diferentes, desde as festas puramente comerciais, em que o sentido cultural vem em doses homeopáticas, até o carnavalzinho que uma galera inventa por amor à alegria e à cultura, com a grana contada e a ajuda dos amores e amigos. Foi nesse segundo que meu coração esteve nesse mês de fevereiro.

-- AGORA, UMAS FOTAS PARA ENFEITAR E TIRAR UM DEZ--





Essa é diva GLÍCIA, a porta-estandarte e musa do bloco.





Esse é o João Paulo, vocalista que usa a luva do Michael Jackson e de instante em instante fala "who`s bad?'

















Flora, Rebs, Topo Giggio, Dora. As preparada.
As customizada.
(sic).













Agora uma foto do meu book de debutante, que é pra todo mundo entender que a galera leva a sério o negócio de customizar a camisa.

















Essa é a Cris, que até onde eu sei é a fã número 01.















O cavaquinista,
2m de altura,
dificílimo de enquadrar na foto.












A Gecíola levando uma foto a sério
e o Uirá fazendo uma marmota.












Glícia, apoiada na grade para fazer uma pose cocotinha e serelepe.
Desculpa, Glícia, ficou desfocada.










Onde está WALLY? Uma foto do público, para você dizer "valha, olha eu ali".












Jogada na sarjeta, sem o par, com as tiras soltas.
hu-mi-lha-da.














A loira (Marcela) tava dizendo "o Luxo deixa a gente com vontade de ser feliz".










O Sérgio, boneco do Matou a Pauta, afirmando que VÊ UMA GALINHA na logomarca do bloco.
Tá ok, então.

















A Gabi, sendo bonita.
















Eu, chocada com a beleza da minha saia de carnaval. Queria usar de manhã, no mestrado.











As unhas que eu jamais usaria
normalmente.
No dia do Luxo, eu deixo meu lado travesti negociar com a manicure.
O juízo é calibrado e tem uma trava elétrica. Tumdumts!









O povo se agarrando.









quinta-feira, 10 de junho de 2010

Deutsch Lernen - A luta continua, companheiro

Depois de muito procurar no meu habitat natural (Internet) algum estímulo pra aprender alemão, e encontrar muita coisa com português pavoroso, muitos sites tediosos, alguns sites skinheads, e uma página inacreditável com dezenas de formas de dizer "não fiz isso, senhor policial", finalmente encontro um bom estímulo online pra aprender este idioma que até o ano passado me causava brotoejas. Kesslers Knidgge. Ok, não dá pra aprender nada. Mas vale pelas risadas.





sexta-feira, 4 de junho de 2010

Da série: What would Glorinha do




A boa educação manda a gente contar até mais ou menos 485 e não fazer um barraco.
Mas em que plano etéreo, em qual dos círculos dos infernos vão se enfiar os manuais de etiqueta quando um cafuçu em torno de uns trinta anos, que a despeito das linhas de expressão não tem idade pra atendimento preferencial, fura incrivelmente a fila do caixa rápido do Banco do Brasil? Taí uma situação em que a gente precisa mais que contar mentalmente, respirar e se lembrar da Glorinha Kalil.

Nesse dia a gente chega em casa curtindo a maior ambivalência, se achando uma lady da família real britânica e uma grandessíssima otária. Daí a gente precisa chegar em casa e postar no blog como seria se, num mundo perfeito, eu não precisasse me trocar com um cafuçu inacreditável pra fazer valer o respeito à fila.

Na vida real, a moça logo atrás de mim me interpelou:
- Olha, LESADA, para de ler esse livro e presta atenção à fila, essa mulher passou na tua frente.

Eu, quase pedindo desculpas, só disse:
- Foi mesmo? Não vi.


daaaan. não vi.


No *mundo perfeito*, a moça logo atrás de mim me interpelaria, amigavelmente:
- Olha, LESADA, para de ler esse livro e presta atenção à fila, essa mulher passou na tua frente.
Eu diria apenas, no volume trinta:
- Mas GESTANTE tem atendimento preferencial. Você não viu a barriga crescidinha dela?

Rápido.e.rasteiro.

E você, que não reza no altar de Glória Kalil e não perde uma oportunidade de barraco, muito nos interessa.
Porque preciso dar vazão a esse meu talento de dar boas respostas a vizinhos sem decibelímetro, tias intrometidas sem vida própria, estagiárias de Letras que substituem estudantes de Jornalismo e que não sabem a diferença de tráfego e tráfico, bem como vendedores de livraria que pensam que "acervo de sociologia" é o título de um livro que você está procurando.

Tô oferecendo o serviço de ACABAR com a autoestima de quem você precisar.
Sigilo garantido. Preços módicos.

A respostinha já vem toda trabalhada no novo acordo ortográfico.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Oi, você gosta de E-MAIL?


Você, leitor, o que faz você feliz?
Porque a colega de trabalho de um amigo meu gosta de e-mail.

- Oi, você gosta de e-mail?
- Não sei, como assim?
- E-MAIL, menino! Tu tem e-mail?
- Tenho, sim, é nananan, arroba tal, ponto com.
- Eu posso te mandar e-mail?
- Err, pode, acho.
- Tu sabe o que eu tô falando, né? E-mail, aquelas mensagens bonitas de computador, que fica passando as telas. Eu adoro. Que LEGAL que tu também gosta. Agora, sempre que eu receber, vou te repassar.

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É o tipo de história que nos remete, imediatamente, a Glorinha Kalil.
Senão, vejamos - O cidadão já informou o e-mail dele. Como se livrar de uma maneira educada?

A Internet não é uma coisa maravilhosa?
Eu acho realmente que nós não sabemos nada a respeito da Internet ainda.
Acho mesmo que esse lance todo de Internet é uma farsa, tipo uma conspiração pra conseguir ter acesso a uma parte considerável do fluxo de informações no planeta. E é na verdade uma coisa maravilhosa que existam esses pequenos focos de resistência, essas pessoas dispostas a lotar nossas caixas de e-mail com mensagens de auto-ajuda e outras abobrinhas. Quando morrermos, e começarem a vasculhar as informações pessoais dos gênios de nossa época, inclusive suas contas de e-mail, espero sinceramente que percam metade do tempo com triagem do que é relevante e do que é corrente de oração e powerpoint com foto de bebê obeso de olho azul.

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Dez coisas muito específicas que eu gosto

1. Molhar a cabeça no mar.
2. Abrir 485 janelas no navegador da Internet e depois ficar puta porque o dito navegador travou.
3. Cantar In My life com o namorado tocando.
4. Ir à casa do sogro e dar uma fugidinha pra admirar os livros dele na bibliotequinha de Alexandria que ele tem.
5. Descobrir a existência de cantoras de samba que nem a Mariene de Castro e a Fabiana Cozza.
6. Acompanhar novelas do Manoel Carlos, mesmo sabendo que todos os capítulos são iguais.
7. Fazer nada na casa dos meus amigos Lucas e Marília.
8. Afrosamba, batuques e afins.
9. Imprimir e colecionar receitas que eu nunca tentarei cozinhar.
10. Aprender idiomas.
11. Ler biografias. Ganhar biografias de presente, fica a dica.
12. Fazer listas.
13. Fazer terapia.
14. Ouvir as histórias das pessoas mais velhas.
15. Andar pela cidade e conhecer pessoas totalmente diferentes de mim.
16. Planejar a vida deixando uma margem confortável pra nada sair como eu esperava. Porque costuma ser muito melhor do jeito que as coisas acontecem.
17. Ver coisa trash na televisão.
18. Dirigir.
19. Aloprar. Agora mesmo, a lista deu 485 coisas.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Atraio loucos - história antiga

Um tempo, andei desesperada atrás do Semiótica das Paixões, do Greimas.
(Por sinal, nunca encontrei, desisti e nunca li).
Fato é que vasculhei todos os sebos reais e virtuais, as bibliotecas de Fortaleza, e achei o tal livro numa comunidade do Orkut. Eu havia deixado um breve anúncio, perguntando se alguém tinha o livro, quando um cidadão, aparentemente de boa vontade, respondeu em bom português que tinha a obra e seria um prazer me arranjar uma xerox, e que eu deixasse meu MSN pra ele pegar endereço de postagem e outros detalhes.

Daí, claro, que o cara era louco. Porque quem pede o MSN merece o nosso preconceito. Mas estamos lidando aqui com uma versão "menos pior" de Érika. Vinte anos recém-completos, inocente, pura E BESTA.

A conversa abaixo está do jeito que eu me lembro, e vocês têm que CONFIAR em mim. Que o cara realmente era doido desse tanto. Não façam como o meu próprio namorado, que levou uns três anos pra parar de duvidar do fato de que eu sou um ímã pra gente fora de si.

O cidadão - Oi, moça. **_
Eu, que nunca curti smileys mas queria demais o livro - Boa noite. Muito obrigada pela ajuda. Como podemos acertar o envio da obra?
O cidadão - Que obra? **P
Eu, na merda - Semiótica das Paixões, de Greimas. Você havia informado que poderia enviar...
O cidadão - Sim, mas vamos conversar! OO_

Já disse que curto smileys retardados que não acrescentam nada a uma conversa, né?

Eu, na merda - Pois é. Você poderia enviar a obra e nós discutiríamos o tema.
O cidadão - Vamos discutir agora.
Eu - Mas eu não conheço a obra de Greimas.
O cidadão - Mas conhece PAIXÕES.

#Hein#

Eu, ainda com um fio de esperança de conseguir a *porra* do livro - É assunto de um trabalho da faculdade.
O cidadão - Mas você já amou, de verdade?
Eu - Sim, meu namorado está aqui, participando da conversa.
O cidadão - Vi no seu Orkut que você é nordestina de Fortaleza. É esquentada.

#E também sou sofrida, fugida da seca do agreste, porém cheia de sensualidade trabalhada na chita e alegria de viver, gabrieeeela. Meu OUvo#

Eu - Você tem o livro?
O cidadão - Quantos aninhos você tem?
Eu - Vinte. Meu senhor, isso é sério. Eu preciso desse livro.
O cidadão - Já está na idade de saber o que é uma paixão. Vamos falar de paixões.
Eu - Meu senhor, pegue esse livro véi e enfie no seu cu. Boa noite.

Moral da história -

1) O Orkut não foi feito para favorecer um saudável intercâmbio de ideias entre pessoas do mundo todo. Pra isso, você trabalha nove horas por dia e estuda de madrugada até se lascar e aí entra num programa de pós-graduação, onde é provável que se verifique, com alguma sorte, algum nível de interação intelectual que não seja embotado pela fumacinha de vaidade que as pessoas expiram.
2) Desconhecidos que pedem o MSN sempre são tarados e estarão sempre batendo uma punheta no momento em que tiver início o saudável intercâmbio de ideias. Não importa a idade, o sexo ou nível de escolaridade deles.
3) Sim, minha bibliofilia tem limite. É esse limite aí mesmo.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Outro post desabafativo e deprê.


Aí foi quando eu conheci as leituras. No começo era um livrinho ou outro, de leve. Aí que eu fui conhecendo as resenhas, partindo pra umas leituras mais pesadas, e cada vez me afundando mais. Eu cheguei a ler e fichar 600 páginas em uma semana.

Daí minha mãe começou a perceber que faltava prateleira, e começou a sumir coisas de casa...
Eu chegava na biblioteca uma da tarde e ia embora só quando fechava.
E cada vez mais eu frequentava livrarias. Andava a pé ou de ônibus, comia no Restaurante Universitário, pra economizar e gastar nas livrarias. Começou com a Livraria Cultura, até que um dia eu me vi fuçando no sebo mais hardcore da cidade, pechinchando matriz usada na xerox do Centro de Humanidades.

E fui me envolvendo com umas companhias. As companhias também influenciam muito, cês sabem. Onde eu chegava, me ofereciam um material diferente. Conhece Simmel, esse, aquele?...
Aí, meu irmãozinho, foi quando eu cheguei no fundo do poço.
Se sobravam dois reais, eu comprava um BisCoito com Champanhe do Walter Di Lácio.
Eu já não cuidava de mim, não ia mais à manutenção das sobrancelhas... Não alimentava meu blog.

Foi um período muito difícil da minha vida, que durou praticamente todo o primeiro bimestre do mestrado.

Ainda hoje dói dentro do meu ser, e tal.
Mas foi o amor da minha mãe que me libertou.
Minha mãe que disse "filha, eu te amo, mas a casa é minha, mando eu, se manque, que não tô afim de morar na biblioteca municipal".

Aí eu segurei a minha onda, porque enfim, né. Esse mês eu não compro mais nenhum livro.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Baseado em fatos reais

Hoje, pra quem tiver paciência pra ler texto que dá mil voltas e não chega a lugar nenhum, o Maria Espalha Brasa inaugura uma relevante série sobre histórias da vida pessoal de uma amiga minha.

Obviamente, a identidade da cidadã em questão não será revelada nem sob tortura. Porque eu tenho essa sensibilidade, e não sou LOUCA de expor a póbi da menina na Internet, esse território indômito, onde grassam a perfídia, a calúnia, a inveja, a mágoa-de-cabocla (faça o sinal da cruz) e a vontade de saber da vida alheia, de preferência se o outro estiver tão lascado quanto possível.

É o seguinte

Na casa de uma amiga minha, a família está passando uns dias numa base "Viver a Vida".
A mãe da amiga em questão sofreu um pequeno acidente, e perdeu temporariamente os movimentos de uma das mãos. Aos poucos, com muita fisioterapia e força de vontade... Cada movimento novo é uma vitória. Quem assiste novela, a essa altura do post, já conseguiu captar a vibe Viver a Vida, né?

Agora imagine a mesma trilha incidental de drama da novela. Intercalado com Mariah Carrey grasnando e estragando aquela música que você curtia tanto...
Aqueles mega-closes de cena de mãe e filha. Tudo o que tiver direito, enfim, para a CENA abaixo.

Mãe e filha reunidas, a mãe chama a filha e diz que vai surpreendê-la - pelo que se deve entender que a mãe vai mostrar um movimento novo com a mão em processo de reabilitação.

Mãe - Olha, que legal. Olha o que eu já consigo fazer.
A filha já se aproxima toda emocionada. A mãe vai contraindo o indicador aos poucos, opondo o polegar... formando um tubo com a mão. Com a outra, quando menos se espera, ela começa a dar tapas na mao fechada.

A filha, desorientada, sem querer dar aquela bandeira que o gestual da mãe tava parecendo outra coisa.

Até que a mãe, alegrissíssima, comemora

- Recuperei o foda! O FODA! - TÁ PARECIDO??

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Sei lá. Sei lá. Só sei que ela (nunca teve o juízo no canto e com uma mãe dessas) ela está com a razão.