sábado, 21 de julho de 2007

Licença? Só um desabafo CDF e pedante pacas.

Como filha de bibliotecários e CDF pedante pacas assumida, eu tenho ódio, ódio tipo fascista, de quem maltrata pobres livrinhos indefesos.

Eu queria muito pedir, encarecidamente, que a metade da população de Fortaleza, que me deve livros emprestados, os devolvesse. Vou mudar pra uma nova cidade e reinventar uma nova Érika, cruel e capaz de tudo, cara. Aí saberei dizer não a pessoas que claramente não me devolverão os livros.
* Eu devia ter aprendido no colégio *
Minha amiga era filha de um columbófilo (columbus = pombo, filia = amar --> não, não é alguém que abusa sexualmente de pombos, tipo necrofilia. É um cara tão seboso quanto, uma alma sebosa a ponto de curtir pombos aglomerados, armazenando-os em locais sebosos chamados pombais). Na casa da filha do columbófilo, havia não só um pombal, como também uma biblioteca.

- Fran, cê se lembra onde colocou meu Confissões de Adolescente? Tô querendo de volta.
(A cena se passa nos anos 90, na biblioteca).
- Pera. Acho que sei onde foi.
(Ela sai da biblioteca. Pela janela, a vejo caminhar até o pombal e voltar com o livro completamente seboso).

Sim. Com a opção óbvia de uma biblioteca, a amiga da onça foi colocar o livro no pombal.
Eu devia ter aprendido, cara.

Claro, existem as almas boas, as pessoas que conservam nossos livros em saquinhos colecionadores e não os abrem mais que noventa graus para ler. Mas nunca teremos como saber, não é?
Os segredos do universo, tipo: o que terá depois da morte, onde colocaram nossos livros, o que as visitas fizeram no banheiro...

E semana passada eu peguei um livro emprestado numa biblioteca. Um livro de marketing político. A cidadã que leu - era uma moça, com letra floreada, caneta porosa - rabiscou todo o livro com coisas nonsense. Tipo: "fortaleça uma imagem institucional usando técnicas..." - aí ao lado, ela grifa e rabisca: "Loucura, loucura, loucura, isso!". A pessoa que tá gozando por muito pouco, não? Loucura, loucura, loucura, isso!
Não bastasse, a florzinha ainda esquece flyer de motel e marca páginas promocional de livro de
motivação dentro da publicação que não pertence a ela, cara.

Okay, vamos tirar o ódio do coração.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Mil coisas.

Por favor, me digam que você imaginam a entonação das mensagens automáticas de computador.
Exemplo: você não preenche um formulário por completo e aparece aquela frase:
"Por favor, preencha cada um dos campos do formulário!"
Vocês não ficam imaginando não? Uma senhora bem antipática, de coque no cabelo, bem ríspida?
Eu imagino.

*

Amigos e amigas, eu sou assessora de imprensa. Assessor é essa pessoa que podia estar matando, podia estar roubando, mas está num trabalho honesto,
prestando contas de serviços públicos ou contribuindo para manter a imagem de empresas e pessoas,
respondendo a mil perguntas por segundo, vindas dos 360 graus. Frenético, honey.

Aí "no entretanto", como diz a música, tem sempre algumas pessoas com uma vaga noção sobre o que seria uma assessoria de imprensa,
mas com muitas idéias de como aproveitar esse recurso natural inesgotável. "De graça? Até assessoria de imprensa!", né não?
Ir pelo senso comum nunca matou ninguém, e a revista Tititi vive falando de nota da assessoria de imprensa da famosa não sei quem. Aí a assessoria recebe a ligação que deveria entrar para os anais, para aquelas coletâneas de histórias de bastidores.

- "Minha flor, esta assessoria faz filmagem de eventos?"

- Sim, para registro, eventos com uma alguma relevância...

- "Na verdade, eu estava interessada em solicitar assim, uma filmagem de mim. Na verdade, era uma coisinha simples. Eu, no meu dia a dia. Lá em casa, mesmo. Assim: lendo, deitada, de biquini, mandando uma mensagem pro Bial.
Pra eu concorrer ao BBB"

- Senhora, não esse tipo de filmagem.

- "Mas não deixa de ser PARA O PÚBLICO! Eu queria só 5 minutos de filmagem".

- Desculpe, senhora.

- "É sério que não pode?"

- Não pode.

- "O nome disso é má vontade! Vá à m*"

Bendita seja eu.
____


Outra: como odeio pombo. Hitchcock foi imortalizado com Os Pássaros, mas se eles tivesse investido em pombos praquelas cenas, a coisa seria muito, muito mais Terror.
A gente passa com o carro e eles não levantam vôo, apenas dão uns passinhos e saem do rumo do pneu. Aí no segundo em que você reduz ou breca, e se prepara para o pior, o bicho dá uma voadinha de nada, milimétrica, e livra a frente do carro. Lerdos, lerdos, ao extremo!
No limite da morte, o pombo: "ai, eu vôo ou eu morro? eu tô com uma dor nos quartos, nem sei!". Eles bebem aquela água da piscina, com galões de cloro. Se tiver uma pocinha de água da chuva, eles nem se interessam.
Ok, vamos parar com o ódio no coração.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Pra Frente, Brasil!

Estou sem inspiração.

Deixo vocês leitores com a inteligência crepuscular do nosso BBB 2007, o Alemão. Em bilhetinho à nossa Miss 2007:

"Pra nós braZileiros, você é Miss UniverSSo".


Coisinha linda.
Esse é pra casar.

Será que Mister Alemão já leu O Pequeno Príncipe?